O que acontece com determinada frequência é que estamos tão desconectados dos sinais do nosso próprio corpo que tendemos a confundir a fome física com a fome emocional, ou seja, a tentativa de comer alguma coisa para lidar com alguma emoção, o que faz com que busquemos alimento mesmo na ausência de fome física (estômago calmo), nesse caso, geralmente não faz muito tempo desde a última refeição e comer parece ser a única opção para se sentir melhor. Reflita: se você não estava com fome antes de começar a refeição, como saberá a hora de parar de comer? Comer na ausência de fome física faz com que a ingestão de calorias aconteça além das necessidades do corpo, o que de forma crônica leva ao ganho de peso.
A fome física depende da refeição anterior, daquilo que comemos (alguns alimentos trazem mais saciedade que outros como as fontes de fibras e proteínas) e do horário em que fizemos aquela refeição. A fome também pode variar de uma pessoa para outra, com diferentes sinais.
Porém, uma coisa é certa: após muito ignorar a sua fome, o sinal vai ficando cada vez mais fraco, como forma de proteção de seu organismo, que acha que você não quer mais receber aquele sinal, já que o ignorou por tanto tempo.
Aqui podemos fazer uma analogia: Pense que um amigo estava precisando falar com você. Ele tentou te ligar, depois mandou mensagem e não obteve resposta. Por fim, tentou ir até à sua casa, mesmo assim, você não o atendeu. Depois de um tempo, ele deixou de procurá-lo, mas não porque não precisava mais falar com você, e sim porque você não o respondeu.
Com o seu corpo acontece o mesmo: você não deixa de sentir fome porque você não está de fato com fome ou precisando de energia, e sim porque você deixou de atender o seu corpo.
Assim, por conta de nossos genes poupadores, a maior parte daquilo que você consome é armazenado (principalmente na forma de gordura) já que seu organismo não sabe quando você ofertará energia (comida) novamente.
Já pensou que ao ignorar sua fome o efeito pode ser o oposto daquele que você busca?
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