Série: Mindful Eating – Comer com Atenção Plena

Esse é o primeiro post da série sobre comer com atenção plena, que acontecerá todas as quartas de forma quinzenal.

O que eu gostaria de propor aqui hoje é um exercício, chamado Exercício da Fome. Ele foi proposto por duas das idealizadoras do Instituto de Nutrição Comportamental, Cynthia Antonaccio e Manoela Figueiredo em seu livro Comer com Atenção Plena da Editora Abril.

“Em geral, temos o hábito de lidar com a fome e saciedade sem considerar diferentes gradações, como se as únicas possibilidades fossem: “Estou com fome” ou “Não estou com fome” ou “Estou Saciado” ou “Não estou saciado”. Para uma alimentação mais atenta e equilibrada, no entanto, ajuda se levarmos em conta que existem diversas nuances entre um extremo e outro”

Para esse exercício, você vai avaliar sua fome, em uma escala de 0 a 10. Com o zero correspondendo a fome nenhuma. A escala a seguir pode te ajudar a avaliar sua fome.

Não existe um número certo ou errado. O ideal é não deixar para se alimentar quando sua fome estiver no 10 (sensação de fraqueza, tontura, dor de cabeça intensa), ou seja, super faminto, e nem, claro, quando a fome estiver no zero.

O intervalo marcado (de 5 a 7) é um bom momento para se alimentar, essa referência permite que você se organize, planeje algumas refeições, mas ao mesmo tempo, que não coma se você não estiver come fome, “só porque está na hora” ou “só porque está escrito na dieta que a nutri passou”.

Vou dar dois exemplos de situações (retiradas do livro) que são muito comuns:

1-) É sábado! Tive tempo de fazer meu café da manhã reforçado às 11 h, com direito a ovos mexidos, torradas, frutas e café com leite. Comi com calma, atenção, respeitando os sinais do meu corpo. Ás 13 h está escrito no meu planejamento alimentar que tenho que almoçar, mas não sinto nem um pouco de fome.

2-) Geralmente, no meio do meu expediente de trabalho, por volta de umas 15 horas, sinto fome, mas não como nada, pois creio que faz muito pouco tempo que almocei e que não deveria comer tantas vezes assim. Ignoro minha fome e chego em casa a noite super faminta e assalto a geladeira, comendo em grandes quantidades, super rápido.

Você se identifica com alguma dessas situações?

Acredita que, se conseguisse identificar e respeitar sua fome, não precisaria de regras externas para comer?

Marcela Gallo Oliveira – Nutricionista – CRN 3 55571